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DÓLAR FORTE EM 2025 NÃO É SINÔNIMO DE PESSIMISMO COM BRASIL

2 de janeiro de 2025 |
22:21
Imagem: Clube dos Dividendos

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O vídeo de Bruno Mazzoni no canal Clube dos Dividendos analisa o impacto do dólar na alocação de recursos, com insights de 2024 e expectativas para 2025, retrocedendo até 2006 para análise histórica.
Resumo da análise:
  • Foco Principal: A correlação entre o DXY (índice do dólar americano) e a alocação de recursos, tanto global quanto no Brasil. O analista enfatiza a importância de observar o DXY como principal indicador, acima de questões políticas locais.
  • Análise Histórica do Dólar (2006-2024): O vídeo revisa a oscilação anual do dólar frente ao real desde 2006, destacando anos de forte valorização do dólar (principalmente em crises como 2008, 2015 e 2020) e anos de relativa estabilidade ou queda. 2015 se destaca como o pior ano para o real, com desvalorização de 47%. O analista compara o período atual com o período pós-impeachment (2016-2019), onde mesmo com reformas e alinhamento ao mercado, o dólar continuou ganhando força.
  • Correlação DXY e Juros Americanos: O analista relaciona o DXY com o rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA. Um dólar fraco (DXY em baixa) entre 2002 e 2011 coincidiu com juros estáveis nos EUA, impulsionado pelo crescimento da China e o boom das commodities. Após 2011, o dólar ganhou força com juros americanos anêmicos, culminando com a crise de 2020 e a posterior alta dos juros para conter a inflação. O momento atual se assemelha ao período do governo Trump (2016-2019), com dólar forte, mas agora com juros americanos também em alta, um cenário desfavorável para emergentes.
  • Cenários para 2025: O analista considera dois cenários principais:
    • Retomada: Aposta em renda fixa atrelada ao CDI de curto prazo (3 a 6 meses) para aproveitar os juros altos. Na bolsa, foca em Small Caps e commodities, antecipando crescimento econômico global impulsionado por novas tecnologias e menor dependência da China no consumo de commodities.
    • Crise: Mantém o foco em CDI de curto prazo, possivelmente com prazos ainda menores que 6 meses, para ter liquidez e aproveitar oportunidades em caso de queda do mercado. O analista explica que, em um cenário de crise, a curva de juros pode cair rapidamente, com cortes agressivos pelo Banco Central, impactando negativamente a rentabilidade do CDI de prazos mais longos. Portanto, prazos mais curtos (3 meses, renovando até 6 meses no máximo) são mais indicados.
  • Fatores de Alívio para Emergentes: O analista aponta possíveis fatores que podem aliviar a pressão sobre as moedas emergentes:
    • Retomada do crescimento da China, impulsionando as commodities.
    • Uma postura menos agressiva de Trump em relação a tarifas e deportações, evitando mais inflação nos EUA.
    • Resolução de conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia e a situação no Oriente Médio, trazendo estabilidade à curva de juros americana.
  • Dolarização: O analista sugere a dolarização gradual da carteira como uma estratégia, considerando a tendência de dólar forte.
  • Comparativo entre Moedas: O vídeo compara a desvalorização do real com outras moedas em 2024, mostrando que o real performou pior que outras moedas da América Latina, como o peso colombiano e o peso chileno, mas melhor que o peso argentino. O caso do Peru, com valorização frente ao dólar, é destacado como uma curiosidade.
  • Clube dos Dividendos Global: O analista promove a página global do Clube dos Dividendos, com conteúdos sobre ativos internacionais, Telegram específico e envio de materiais exclusivos para os cadastrados.
  • Alocação em Cenário de Crise (detalhamento): O analista detalha a estratégia para um cenário de crise, reforçando a importância do CDI de curtíssimo prazo para manter liquidez e evitar perdas com cortes bruscos na taxa de juros. Ele sugere que, nesse cenário, a entrada na bolsa seja postergada, com foco inicial em dólar e ativos globais, acessando a página do Clube dos Dividendos Global para escolher ETFs ou ações específicas. O analista menciona seu investimento pessoal na EDP, com foco na diversificação geográfica.
Pontos Fortes da Análise:
  • Profundidade Histórica: A análise que retrocede até 2006 para entender os ciclos do dólar oferece um contexto valioso.
  • Ênfase no DXY: A priorização do DXY como principal indicador macroeconômico é um ponto interessante.
  • Consideração de Múltiplos Cenários: A apresentação de cenários de retomada e crise ajuda o investidor a se preparar para diferentes possibilidades.
  • Estratégias de Alocação Detalhadas: As sugestões de alocação em diferentes classes de ativos, considerando os cenários, são úteis, com detalhamento maior sobre a estratégia com CDI em cenário de crise.
  • Comparativo entre Moedas: O comparativo com outras moedas emergentes coloca a performance do real em perspectiva.
Pontos a Considerar:
  • Complexidade: A análise, com muitos dados históricos e correlações, pode ser complexa para investidores iniciantes.
  • Dependência de Fatores Externos: A recuperação das moedas emergentes depende fortemente de fatores externos, como o crescimento da China e as políticas dos EUA, que são difíceis de prever.
  • Foco Principal no Dólar: Apesar da ênfase no DXY ser válida, outros fatores internos do Brasil também influenciam o câmbio e a economia.
Conclusão:
A análise oferece uma visão abrangente sobre o impacto do dólar na alocação de recursos, com uma rica análise histórica e considerações importantes para 2025. A ênfase no DXY, a apresentação de diferentes cenários e as sugestões de alocação, agora mais detalhadas para o cenário de crise, são pontos positivos. No entanto, é importante considerar a complexidade da análise e a dependência de fatores externos. O investidor deve complementar essa análise com outras informações para tomar decisões mais embasadas. A inclusão do detalhamento sobre a estratégia com CDI em cenário de crise enriquece a análise, tornando-a ainda mais útil para o investidor.

Fonte: Clube dos Dividendos