O vídeo de Bruno Mazzoni no canal Clube dos Dividendos analisa a BR Partners (BRBI11), uma nova integrante dos índices de Small Caps e de Dividendos da B3. A análise cobre fundamentos, dividendos (com foco em 2025), valuation, sazonalidade desde o IPO, rentabilidade e análise técnica.
Contexto Inicial e Inclusão em Índices:
Mazzoni inicia comentando o cenário macro atual, com curva de juros e Selic em alta. A inclusão da BR Partners nos índices Small Cap e de Dividendos é destacada como um fator positivo, pois gera liquidez passiva através de compras de ETFs como DIVU11 e DIVI11, replicando os índices. Ele compara a situação com a Magalu e a importância da composição acionária e a atuação de fundos mútuos e ETFs. A inclusão em índices aumenta a liquidez da BR Partners, que atualmente não possui mercado de opções.
Evolução da BR Partners e Desempenho Recente:
A BR Partners evoluiu significativamente desde 2010, expandindo seus serviços de estruturação de dívidas, fusões e aquisições, assessoria, IPOs, follow-ons, CRIs, CRAs, CCBs, CDBs, FDICs, FIAGROS, derivativos e câmbio. Em 2021/2023, adicionou serviços como fiança bancária, investimentos não proprietários e Wealth Management (gestão de grandes fortunas). Apesar de uma queda na margem líquida, a empresa aumentou seu lucro em 35% nos três primeiros trimestres de 2024 em relação a 2023, com o ROAE aumentando de 18/19% para 24%.
Conservadorismo em 2025 e Impacto nos Dividendos:
Mazzoni prevê um posicionamento mais conservador da BR Partners em 2025, com possível queda nos dividendos devido ao cenário de juros altos e menor demanda por estruturação de dívidas. Ele compara a BR Partners com o BTG Pactual, considerando-a um “mini BTG” focado no Brasil. Ele acredita que, mesmo com um cenário desafiador, a BR Partners continuará lucrativa, diferentemente de empresas de varejo mais sensíveis à atividade econômica.
Análise de Dividendos e Preço Teto:
Em 2024, a BR Partners distribuiu 14,04% líquido em dividendos, saindo de R$1,32/R$1,38 em 2022/2023 para quase R$2,00 líquidos por unit em 2024. A média dos últimos três anos (desde o IPO) é de R$1,55, com 11,16% líquido. Mazzoni não espera um dividend yield de 14% em 2025, mas projeta um valor próximo a dois dígitos. Considerando uma distribuição de R$1,30 por unit (similar a 2023), calcula um preço teto de R$22. Com base nos dividendos tradicionais de 2023 (R$0,87 anuais, excluindo os pagamentos intercalares), o preço teto seria R$14. Ele considera R$14 como uma “nota de corte”: abaixo desse valor, a ação seria interessante; acima, perderia viabilidade.
Valuation e Consenso de Analistas:
A Investing Pro apresenta três metodologias quantitativas com alvos entre R$14,17 e R$16,49. O consenso de quatro analistas ouvidos pela Investing.com é de R$18,50. O earning yield da BR Partners é de 14,3%, comparado a 9,3% do BPAC. O preço-lucro está super descontado em relação ao IPO (13 vezes em 2021 contra aproximadamente 7 vezes atualmente).
Sazonalidade, Rentabilidade e Análise Técnica:
O pior ano desde o IPO foi 2022, com queda de 15%. Em 2023, houve um rebote de 33%. Mazzoni acredita em uma estabilização da queda em 2025, com o setor financeiro andando lateralmente. Desde o IPO, a BR Partners subiu 9,24%, enquanto a inflação longa foi de 20% e o CDI de 45%. Na análise técnica, ele considera que a ação entra em desconto abaixo de R$13,93, com um desconto inicial claro em R$12,10. O preço teto é R$14. Ele projeta um potencial retorno para R$17 em 6 a 24 meses, dependendo do cenário macro, e considera R$12,10 como um bom ponto para lançamento de puts.
Conclusão e Clube dos Dividendos Global:
A inclusão nos índices é uma boa notícia. Mazzoni finaliza divulgando o Clube dos Dividendos Global, um Telegram fechado com conteúdo sobre ativos internacionais, acessível através de um formulário na descrição.
Opinião Geral:
A análise combina informações sobre a empresa, o setor financeiro e o cenário macroeconômico, além de considerar aspectos quantitativos, qualitativos e técnicos. A projeção de dividendos e a definição de um preço teto são úteis para investidores. A comparação com o BTG Pactual e a análise da evolução da empresa ao longo do tempo enriquecem o conteúdo. A menção ao Clube dos Dividendos Global adiciona valor ao vídeo.


