A recuperação na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é puxada por eleitores de classe média, com ensino superior e moradores do Sudeste, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16). O levantamento mostra que a desaprovação ao governo caiu de 57% para 53% e a aprovação subiu de 40% para 43%, uma redução na distância entre os dois índices de 17 para 10 pontos percentuais.
Na faixa de renda de dois a cinco salários mínimos, a desaprovação recuou de 58% para 52%, enquanto a aprovação avançou de 39% para 43%. Entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, os índices ficaram praticamente estáveis: 49% desaprovam e 46% aprovam a gestão.
A melhora também foi mais expressiva entre eleitores com ensino superior completo e entre aqueles que não recebem o Bolsa Família. Por faixa etária, o crescimento da aprovação se concentrou entre pessoas de 35 a 59 anos. Entre os mais jovens, de 16 a 34 anos, os percentuais se mantiveram inalterados.
O desempenho entre as mulheres também ajudou a reduzir a rejeição. A desaprovação caiu de 54% para 49%, e a aprovação subiu de 42% para 46%. Entre os homens, os índices ficaram estáveis: 58% de desaprovação e 39% de aprovação.
Regionalmente, Lula teve avanço significativo no Sudeste, maior colégio eleitoral do país, embora ainda mantenha desvantagem: 40% de aprovação contra 56% de reprovação. No Nordeste, onde tradicionalmente obtém maior apoio, os números ficaram estáveis.
Entre os evangélicos, a rejeição aumentou de 66% para 69%. Já entre os católicos, houve reversão favorável: a aprovação subiu de 45% para 51%, enquanto a desaprovação caiu de 53% para 45%.
A pesquisa foi feita entre os dias 10 e 14 de julho, com 2.004 entrevistas em 120 municípios. A margem de erro varia de dois a quatro pontos percentuais, dependendo do recorte. Segundo a pesquisa, o tarifaço de Trump foi fator preponderante na melhoria da imagem do governo.


