A temporada de resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) ganha força nesta semana no Brasil, com a Vivo (VIVT3) iniciando os balanços das teles nesta segunda-feira (28), enquanto a TIM (TIMS3) revela seus números na quarta-feira (30).

O Bradesco BBI espera que as empresas de telecomunicações reportem resultados sólidos – especialmente a Vivo (VIVT3) –mas amplamente alinhados com o consenso. “Continuamos a ver as empresas de telecomunicações como ações defensivas atrativas, com resultados sólidose bons dividendos, reafirmando a nossa visão construtiva sobre o setor”, aponta.

Sobre a Vivo, as tendências operacionais devem permanecer positivas no 2T25, com crescimento de receita de 6,5% em base anual, crescimento de Ebitda de 8,3% em base anual e nível de investimento bastante estável. Já para a TIM (TIMS3), estima que os resultados operacionais da TIM devam permanecer bons no 2T25, com crescimento de receita de 4,9% em base anual, crescimento de Ebitda de 5,9% em base anual e nível de investimento bastante estável. “Embora os números impliquem uma desaceleração em relação ao 1T25, isso é principalmente resultado de efeitos de calendário que impulsionaram o resultado passado, não implicando qualquer fraqueza estrutural”, aponta.

Atenção ainda para o início de temporada para os bancões, com o Santander Brasil (SANB11) revelando seus números na quarta (30) antes da abertura dos mercados, enquanto o Bradesco (BBDC4) revela seus resultados no mesmo dia, após o fechamento.

O Santander projeta que o Bradesco reporte lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões no 2T25, alta de 26% na base anual e leve crescimento trimestre a trimestre, com ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio) de 14,5%, alinhado ao consenso do Visible Alpha. O banco mantém visão construtiva sobre o Bradesco, mas recomenda moderação no entusiasmo antes do 2T25, não por expectativas negativas, mas porque acredita que os resultados dificilmente impulsionarão um novo rali forte como o do 1T25.

Já o Itaú BBA projeta que o Santander tenha uma margem financeira líquida que seja compensada por perdas na tesouraria, levando a um resultado neutro.

Confira a agenda de balanços desta semana:

A Ambev (ABEV3) revela seus números na quinta (31), antes da abertura, com a XP projetando um trimestre decente, beneficiado por uma base de comparação maior ano a ano na taxa efetiva de imposto (ETR) da Companhia, embora sinalizemos alguns riscos de queda devido às tendências de volume na divisão BR Beer (para a qual projetamos queda de 1,5% ano a ano) e no segmento de bebidas não alcoólicas (NAB) do Brasil. No geral, estima receita líquida de R$ 21,9 bilhões (+9,4% ano a ano), Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado de R$ 6,1 bilhões (+6,3% ano a ano) e lucro líquido de R$ 2,5 bilhões (+4,4% ano a ano).

Siderúrgicas como CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) revelam seus resultados também na quinta, depois do fechamento do mercado. Para GGBR4, o BBA espera que números fortes na divisão da América do Norte mais do que compensem o desempenho mais fraco no Brasil, levando a um resultado consolidado ligeiramente positivo. Já sobre CSNA3, projeta que o desempenho superior das divisões de aço e cimentos compense os números mais fracos da divisão de mineração.

Mas o grande destaque fica para os números da Vale (VALE3), também na quinta após o fechamento. O BBA projeta um resultado neutro, com números relativamente próximos da comparação trimestral nos segmentos de metais ferrosos e básicos.

A temporada em Wall Street também é movimentada, com Meta e Microsoft na quarta e Amazon e Apple na quinta.