O mês de outubro tem sido marcado por um movimento de realização no Ibovespa, após as fortes altas observadas nos meses anteriores. O principal índice da Bolsa brasileira acumula baixa de 2,76%, negociado aos 142.200 pontos, mas ainda sustenta valorização de 18,22% no acumulado de 2025.
Das 82 ações que compõem o índice, apenas 15 registram desempenho positivo no mês — e o destaque fica por conta da Usiminas (USIM5), que dispara e se consolida como a maior alta do Ibovespa em outubro, em meio à melhora técnica do papel e a sinais de recuperação no setor siderúrgico.
Análise técnica Usiminas (USIM5)
No gráfico diário, Usiminas exibe um movimento de recuperação consistente após meses de pressão vendedora. A ação encontrou suporte firme na mínima do ano, em R$ 3,90, ponto que serviu como base para a retomada do fluxo comprador nas últimas semanas. Na última sessão, o papel avançou 0,84%, encerrando o pregão cotado a R$ 4,79.
Com isso, a ação passa a negociar acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, um sinal técnico positivo que reforça o viés altista no curtíssimo prazo. Caso confirme o rompimento da resistência imediata em R$ 4,80, Usiminas poderá mirar a faixa dos R$ 5,00, onde está a média móvel de 200 períodos, considerada uma barreira importante. Se superar esse nível, os próximos alvos aparecem em R$ 5,04, R$ 5,35, R$ 5,64 e R$ 6,00.
O IFR (14) está em 63,55 pontos, mantendo-se em zona neutra, porém já próxima da faixa de sobrecompra — o que indica que, embora ainda haja espaço para continuidade da alta, eventuais correções pontuais podem ocorrer. Os principais suportes estão em R$ 4,57, R$ 4,46, R$ 4,21, R$ 3,90, R$ 3,49 e R$ 3,23.
Análise de médio prazo
No gráfico semanal, Usiminas buscar um movimento técnico de virada dentro de uma tendência primária ainda baixista. Após atingir a mínima do ano em R$ 3,90, a ação reagiu com força, acumulando alta de 13,24% em outubro — desempenho que a coloca como a maior valorização do Ibovespa neste mês. Apesar disso, no acumulado de 2025, o papel ainda registra queda de 9,96%, refletindo a pressão persistente sobre o setor siderúrgico desde o início do ano.
A ação voltou a operar acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, sinalizando retomada da força compradora e possibilidade de reversão da tendência de baixa. Caso confirme o rompimento da faixa de R$ 4,80, Usiminas poderá buscar patamares mais elevados, com resistências em R$ 5,15, R$ 5,72, R$ 6,29, R$ 6,86 e na média de 200 períodos, em torno de R$ 7,42.
O IFR (14) semanal marca 51,74 pontos, em zona neutra. Do lado oposto, as regiões de suporte permanecem em R$ 4,21, R$ 3,90, R$ 3,35, R$ 3,04, R$ 2,84 e R$ 2,55.
Suportes e Resistências
USIM5 (Usiminas)
Com base no fechamento do dia 16/10, aos R$ 4,79, as ações da Usiminas (USIM5) contam com:
- Suportes de curto prazo em R$ 4,57 (1), R$ 4,46 (2) e R$ 4,21 (3);
e resistências em R$ 4,80 (1), R$ 5,00 (2) e R$ 5,35 (3). - Suportes de médio prazo em R$ 4,21 (1), R$ 3,90 (2) e R$ 3,35 (3);
e resistências em R$ 5,15 (1), R$ 5,72 (2) e R$ 6,29 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
