O dia promete ser de cautela nos mercados no último pregão antes do presidente eleito Donald Trump tomar posse.
A postura protecionista de vem segurando o entusiasmo dos investidores americanos neste início de ano. Ontem, por exemplo, as bolsas de Nova York fecharam no negativo, reagindo às falas do futuro secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em audiência no Senado norte-americano.
Entre os destaques, ele disse que vai assegurar que o dólar continue como a reserva do mundo e que a gestão Trump avaliará as tarifas de importados de três formas. “Tarifa será para remediar práticas de comércio, como taxas sobre aço da China”, afirmou Bessent.
O mercado também deve digerir a alta de 0,4% na inflação da zona do euro em novembro e os dados econômicos da China. O Produto Interno Bruto (PIB) da gigante asiática cresceu 5,4% no quarto trimestre, na comparação anual, ante as projeções de um avanço de 4,9%. Com isso, o acumulado do ano é de +5%.
Já a produção industrial chinesa cresceu 6,2% em dezembro, acima das previsões do mercado de alta de 5,3%. As vendas no varejo também subiram 3,7%, superando as projeções de 3,5% para o período.
Nesta manhã, as bolsas asiáticas fecharam mistas. O mercado europeu e futuros de Wall Street estão no positivo.
O que esperar do Ibovespa
Por aqui, o destaque vai para as falas de Fernando Haddad. Às 15h, o ministro concede uma entrevista à CNN onde deve ser questionado sobre a regulação da reforma tributária, sancionada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também deve ser inevitáveis perguntas sobre a novela do Pix. O governo retrocedeu na ampliação do monitoramento da Receita Federal sobre as transações financeiras, após as redes sociais serem tomadas por fake news sobre a taxação do Pix. A decisão é vista como um tiro político no pé do governo, que teria cedido à pressão da oposição.
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) interrompeu a sequência de altas e devolveu parte dos ganhos da véspera, quando o índice subiu quase 3%. O movimento de queda foi puxado pelo tom negativo de Wall Street.
O principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão com queda de 1,15%, aos 121.234,14 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,0533 (+0,47%).
O iShares MSCI Brazil (EWZ), o principal fundo de índice (ETF) brasileiro em Nova York, se manteve estável no after-market de ontem, cotado a US$ 23,37.
Agenda: Veja a programação para hoje
Indicadores econômicos
07h – Zona do euro – CPI
08h – Brasil – IGP-10
08h – Brasil – IPC-S Capitais
10h15 – Brasil – Monitor do PIB
10h30 – EUA – Construções de moradias iniciadas
11h15 – EUA – Produção industrial
15h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas em operação
Agenda – Lula
A agenda do presidente não foi divulgada
Agenda – Fernando Haddad
15h – Entrevista para o CNN 360
Agenda – Gabriel Galípolo
Despachos internos em São Paulo
Confira os mercados na manhã desta sexta-feira (17)
Bolsas asiáticas
Tóquio/Nikkei: -0,31%
Hong Kong/Hang Seng: +0,31%
China/Xangai: +0,18%
Bolsas europeias (mercado aberto)
Londres/FTSE100: +1,19%
Frankfurt/DAX: +1,15%
Paris/CAC 40: +1,08%
Wall Street (mercado futuro)
Nasdaq: +0,42%
S&P 500: +0,35%
Dow Jones: +0,28%
Commodities
Petróleo/Brent: +0,14%, a US$ 81,42 o barril
Petróleo/WTI: +0,33%, a US$ 78,11 o barril
Minério de ferro: +1,71%, a US$ 109,63 a tonelada em Dalian
Criptomoedas
Bitcoin (BTC): +2,9%, a US$ 102.053
Ethereum (ETH): +2,8%, a US$ 3.429
