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EUA querem substituir China como principal parceiro comercial do Brasil, diz Rubio

26 de outubro de 2025 |
14:34
Imagem: Reprodução

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou neste sábado (25) que o país quer se tornar o principal parceiro comercial do Brasil no lugar da China, em declaração que reforça a estratégia americana de ampliar sua influência econômica no país.

Rubio falou a repórteres a bordo do avião presidencial americano, enquanto viajava entre Israel e Catar, a caminho da reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. No encontro, o presidente dos EUA, Donald Trump, deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir comércio, tarifas e outros temas bilaterais.

“Achamos que, a longo prazo, é benéfico para o Brasil nos tornar seu parceiro de escolha e comércio, em vez da China”, disse Rubio. A fala ocorre em meio à disputa global entre Washington e Pequim por influência econômica e tecnológica em países emergentes, especialmente na América Latina.

 

Trump admite reduzir tarifas ao Brasil sob condições

A caminho da Malásia, Trump confirmou que pode reduzir as tarifas aplicadas aos produtos brasileiros — que chegam a 50% —, desde que determinadas condições sejam atendidas. É a primeira vez que o presidente americano admite publicamente uma concessão no chamado tarifaço, imposto em julho por razões políticas.

“Acredito que vamos nos reunir, sim”, disse Trump durante o voo do Air Force One. “Sob as circunstâncias certas, seguramente”, afirmou ao ser questionado sobre a possibilidade de rever as tarifas. O áudio da conversa foi divulgado pela Casa Branca.

 

 

Horas depois, Lula afirmou que ainda não recebeu nenhuma exigência formal dos Estados Unidos. “Não tem exigência dele (Trump) e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, declarou o presidente brasileiro, já em Kuala Lumpur.

 

Reunião deve ocorrer neste domingo na Malásia

O encontro entre os dois presidentes está previsto para este domingo (26), à tarde, no Centro de Convenções de Kuala Lumpur, em uma conversa que deve marcar o início de uma nova fase no diálogo comercial entre as duas maiores economias do continente americano.

O governo brasileiro pretende discutir a revogação do tarifaço de 40% a 50% sobre as exportações e o fim das punições a autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal e integrantes do Executivo.

Lula disse estar aberto a conversar “sem vetos” e demonstrou otimismo quanto à possibilidade de entendimento, mesmo que parcial. “Espero que role. Vim aqui com disposição para que a gente possa encontrar uma solução”, afirmou. “Tudo depende da conversa. Trabalho com otimismo que a gente possa encontrar uma solução.”

Fonte: Reuters e Estadão Conteudo