(Reuters) – Os Estados Unidos continuarão a atrair a grande maioria dos fluxos de investimento e os riscos de uma desaceleração na maior economia do mundo são exagerados, disseram chefes de algumas das principais empresas financeiras em uma conferência na Arábia Saudita nesta terça-feira.
Os mercados acionários dos EUA atingiram recordes de alta, à medida que enormes somas de dinheiro são investidas no país para apostar na IA, levando alguns executivos e banqueiros centrais a alertar sobre riscos crescentes de uma bolha e de uma correção do mercado.
Outros investidores se preocupam com a crescente dívida do governo sob o comando do presidente Donald Trump e com o impacto de suas tarifas comerciais.
Ainda assim, executivos da Future Investment Initiative (FII), em Riad, passaram a maior parte do tempo falando com entusiasmo sobre perspectivas para os EUA, dizendo que o país se compara favoravelmente à Europa e a partes da Ásia.
FUNDOS ESTÃO VOLTANDO PARA OS EUA, DIZ FINK
O presidente-executivo da BlackRock, a maior administradora de ativos do mundo, disse que o dinheiro tem voltado para os Estados Unidos principalmente nos últimos dois meses, revertendo uma saída de ativos em dólares no início do ano.
“A maioria dos investidores globais tem um grande excesso de peso nos EUA e esse é o lugar para manter seu excesso de peso nos próximos 18 meses”, disse Larry Fink.
O presidente-executivo do Goldman Sachs, David Solomon, disse que a “grande maioria da alocação de capital” está em ativos em dólares e que não há um catalisador óbvio para uma desaceleração econômica nos Estados Unidos nos próximos 6 a 12 meses.
O presidente-executivo da Blackstone, Stephen Schwarzman, disse estar confiante de que os EUA e a China farão um progresso significativo para a conclusão de um acordo comercial, com Trump se reunindo com o primeiro-ministro chinês nesta semana.
O fundador da Pershing Square Capital Management, Bill Ackman, minimizou preocupações com os níveis de endividamento do governo dos EUA, destacando a força e a escala dos ativos do governo, enquanto todos se concentram em seus passivos.


