O investidor estrangeiro retomou com força sua participação no mercado acionário brasileiro em 2025. Até o fim de maio, foi registrado uma entrada líquida de R$ 21,52 bilhões na B3, considerando IPOs e follow-ons.
Este desempenho representa uma reversão significativa em relação a 2024, quando houve uma saída líquida de R$ 24,2 bilhões.
O destaque do ano até agora foi o mês de maio, que registrou a maior entrada mensal de capital estrangeiro desde dezembro de 2019. Foram R$ 10,66 bilhões injetados na Bolsa brasileira, superando os R$ 10,01 bilhões de agosto de 2024.
Mesmo excluindo as emissões primárias, o valor permanece expressivo. Foram R$ 10,58 bilhões, evidenciando o apetite renovado dos investidores externos por ativos brasileiros.
Este movimento ocorre em um contexto global desafiador, marcado por juros elevados e incertezas fiscais. Em 2024, a combinação de aversão ao risco e políticas comerciais mais duras nos Estados Unidos afastou o capital externo do Brasil. Agora, o fluxo positivo indica uma mudança na percepção sobre o mercado brasileiro.
Com o reforço da confiança internacional, o Ibovespa acumulou valorização de 13,92% até o fim de maio. Após um saldo negativo de R$ 133,6 milhões em abril, maio superou todas as expectativas e também o melhor desempenho anterior do ano, que havia sido registrado em janeiro (R$ 6,8 bilhões).
