A virada do semestre trouxe um forte desempenho para o bitcoin (BTC) — e uma queda de preços do ethereum (ETH). No mesmo intervalo, as maiores criptomoedas do mundo registraram um ganho de 14% e uma queda de 26%, respectivamente.

Quando observamos o preço do ethereum expresso em bitcoin (ETH/BTC, uma das paridades observadas pelo mercado porque usa a maior criptomoeda do mundo como referência), a desvalorização do éter supera os 35% no ano.

De acordo com as recomendações dos especialistas ouvidos pelo Crypto Times em junho deste ano, a atualização Pectra, implementada em maio, marcou um avanço significativo para o ecossistema do ethereum, aprimorando a escalabilidade, segurança e eficiência.

Essa foi a maior atualização desde o The Merge, em 2022. À época, o token ETH chegou a ter uma valorização de quase 70%, mas houve uma realização de lucros subsequente, que fez as cotações estacionarem no atual patamar próximo de US$ 2.400.

O freio de mão do Ethereum (ETH)

O principal fator que pressiona os preços do ethereum está justamente no seu maior trunfo frente a outras criptomoedas: a construção de projetos na segunda camada da blockchain.

As chamadas Layer 2 ou L2 tiveram uma expansão agressiva nos últimos anos, fazendo da rede do ethereum o maior celeiro na construção de projetos — que vão de jogos, finanças descentralizadas (DeFi), aplicativos descentralizados (DApps) e por aí vai.

Porém, essas L2 geraram uma queda de 90% da rede principal do ethereum. Na visão dos analistas, o éter não conseguiu captar a geração de valor criada por esses projetos.

Mesmo assim, para o segundo semestre, os analistas esperam que os desenvolvedores do ethereum consigam reverter essa tendência no longo prazo. No entanto, a expectativa de um rali do ETH está praticamente descartada.