Os índices futuros de Nova York operam em alta nesta quinta-feira (5), em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá iniciar um ciclo de cortes de juros já na reunião de setembro. O movimento ocorre antes da divulgação do relatório de emprego (payroll), que deve indicar uma desaceleração mais clara do mercado de trabalho americano e avanço da taxa de desemprego.
Economistas projetam a criação de cerca de 75 mil vagas em agosto nos Estados Unidos, com a taxa de desemprego em 4,3%. Caso confirmado, será o quarto mês seguido de crescimento abaixo de 100 mil postos, ritmo mais fraco desde o início da pandemia em 2020.
Nos mercados futuros, as apostas em cortes de juros são majoritárias: a ferramenta FedWatch, do CME Group, indica 97% de probabilidade de que o Fed reduza a taxa básica já na reunião de 17 de setembro.
Estados Unidos
Na quinta-feira (5), as ações em Wall Street fecharam em alta, apoiadas pela leitura de que o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego e a perda de fôlego na criação de vagas no setor privado reforçam a expectativa para os números do payroll de agosto.
Paralelamente, o indicado pelo presidente Donald Trump para o cargo de governador do Federal Reserve, Stephen Miran, afirmou em audiência no Senado que não pretende deixar sua posição atual na Casa Branca mesmo que seja confirmado no banco central.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro: +0,01%
- S&P 500 Futuro: +0,20%
- Nasdaq Futuro: +0,44%
Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar uma ordem executiva que reduz a tarifa de importação sobre automóveis japoneses de 27,5% para 15%. O documento também confirmou o compromisso de US$ 550 bilhões em investimentos japoneses em projetos nos EUA.
- Shanghai SE (China), +1,24%
- Nikkei (Japão): +1,03%
- Hang Seng Index (Hong Kong): +1,43%
- Nifty 50 (Índia): 0,00%
- ASX 200 (Austrália): +0,51%
Europa
Os mercados de ações europeus operam em alta, com investidores à espera de um importante relatório de empregos nos Estados Unidos, que deve guiar as expectativas para o próximo corte de juros do Fed.
No Reino Unido, as vendas no varejo avançaram 0,6% em julho frente ao mês anterior, superando a projeção de alta de 0,2% de economistas consultados pela Reuters. Já os dados do Halifax mostraram que os preços dos imóveis britânicos registraram alta de 0,3% em agosto.
As ações da Orsted caíram 2% após a companhia reduzir o intervalo de projeção de lucro anual, citando menores velocidades de vento em seus parques offshore. A empresa busca aprovar na sexta-feira a próxima fase de sua emissão de direitos de US$ 9,4 bilhões e processou o governo Trump para tentar retomar a construção de um projeto eólico na Nova Inglaterra.
- STOXX 600: +0,32%
- DAX (Alemanha): +0,23%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,36%
- CAC 40 (França): +0,17%
- FTSE MIB (Itália): +0,08%
Commodities
Os preços do petróleo operam em baixa, devido a um aumento surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada e às expectativas de que os produtores da OPEP+ aumentarão as metas de produção em uma reunião neste fim de semana.
As cotações do minério de ferro na China subiram pela quarta sessão consecutiva, com um dólar mais fraco e apostas maiores em um corte na taxa de juros dos EUA ofuscarando a recuperação moderada da demanda na China, maior mercado consumidor, após um desfile militar.
- Petróleo WTI, -0,47%, a US$ 63,18 o barril
- Petróleo Brent, -0,40%, a US$ 66,72 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,77%, a 789,50 iuanes (US$ 110,55)
Bitcoin
- Bitcoin (BTC), +2,60%, a US$ 112.767,65 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
(Com Reuters e Bloomberg)