O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nas primeiras negociações desta terça-feira (18), enquanto o mercado observa o início das conversas entre Estados Unidos e Rússia na Arábia Saudita pelo fim da guerra na Ucrânia, enquanto aguardam a realização de um novo leilão pelo Banco Central.
Às 9h55, o dólar à vista BRBY caía 0,12%, a R$ 5,704 na compra e R$ 5,705 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento DOLc1 tinha alta de 0,1%, a R$5,729.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,27%, a R$5,7128.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,704
- Venda: R$ 5,705
Dólar turismo
- Compra: R$ 5,754
- Venda: R$ 5,934
O que aconteceu com dólar hoje?
O Banco Central informou que vai realizar um leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) nesta terça-feira, das 10h30 às 10h35, com oferta total de US$3,0 bilhões.
A autarquia também fará nesta sessão um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.
Autoridades norte-americanas e russas se reuniam nesta terça-feira na capital saudita, Riad, para suas primeiras conversas sobre o fim da guerra na Ucrânia, enquanto Kiev e seus aliados europeus observavam ansiosamente do lado de fora.
As conversas ressaltam o ritmo acelerado dos esforços dos EUA para interromper o conflito, menos de um mês após a posse de Trump e seis dias após ele ter conversado por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin.
Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o conflito tem provocado volatilidade nos mercados globais em diversos momentos, principalmente devido à sua influência nos preços de commodities, como grãos e petróleo.
Um fim negociado para o conflito seria bem recebido pelos investidores, que teriam um fator de volatilidade a menos a ser ponderado em suas decisões.
Também continuam no radar notícias sobre os planos tarifários de Trump, que orientou sua equipe econômica na semana passada a estudar as taxas e outras barreiras comerciais impostas aos produtos norte-americanos, o que pode levar à implementação de tarifas recíprocas.
Os mercados têm interpretado as ameaças de Trump como uma tática de negociação, mas ainda temem a possibilidade de uma guerra comercial ampla ou os efeitos de tarifas de importação sobre os preços de diversas mercadorias.
“Continuamos a acreditar que Trump buscará tarifas no nível do produto e contra países com os quais os EUA têm déficits comerciais significativos, concentrando-se nos setores automotivo, de energia, farmacêutico e de chips”, disseram analistas do BTG Pactual em relatório.
“O principal risco é que Trump possa aumentar e impor tarifas a nível do país”, completaram.
(Com Reuters)


