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Crédito deve ter mantido ritmo de crescimento em julho, mostra prévia da Febraban

25 de agosto de 2025 |
16:35
Imagem: Pixabay

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O ritmo de crescimento do crédito no Brasil deve ter se mantido estável em julho. Segundo a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a alta esperada é de 10,7% na comparação com o mesmo mês de 2024, mesma taxa observada no comparativo anual em junho. Em relação ao mês anterior, o saldo de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) deve subir 0,4% em julho.

A aceleração do crédito deve ser sustentada pelo crescimento dos recursos direcionados a empresas. O crescimento anual deve subir de 8,8% em junho para 9,8% em julho. A pesquisa projeta queda de 0,3% no mês na carteira Pessoa Jurídica Livre, retração significativamente menor do que a de julho de 2024 (-1.2%).

Já os empréstimos direcionados devem avançar 1,3% no mês e elevar o ritmo expansão anual de 13,3% para 14,3%, impulsionados pelos programas governamentais e recursos via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), segundo a Febraban.

Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, comentou em nota que, tradicionalmente, o mês de julho apresenta uma sazonalidade negativa no crédito às empresas, mas as mudanças no IOF acabaram alterando esse padrão, especialmente nas operações de risco sacado.

 

 

“A medida levou muitas empresas a anteciparem o uso da linha para maio e reduziu o fôlego em junho, quando a nova tributação estava prevista para entrar em vigor. Em julho, contudo, com a derrubada da alteração pelo Congresso, validada pelo STF, parte das empresas voltou a acionar essa modalidade”, destacou Sardenberg.

A pesquisa funciona como uma prévia da Nota de Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central. A próxima será divulgada nesta quarta-feira (27).

No crédito às famílias, o ritmo de expansão anual desacelerou de 11,9% para 11,3%. Nos recursos direcionados, o crescimento anual deve cair de 11,3% em junho para 10,7% em julho, com sinais de fraqueza no crédito rural, diz a Febraban.

 

Concessões de crédito

As concessões de crédito devem ter crescido 5,5% em julho na comparação com junho. No entanto, com o ajuste pelo número de dias úteis, há retração de 8,2% no período. O volume destinado às famílias deve diminuir 6,2%, enquanto o destinado às empresas deve ter retração de 10,7%. Na comparação anual, que elimina efeitos sazonais, há alta de 8,5%.

“Apesar desse alívio pontual, o crédito como um todo vem dando sinais de desaceleração. Tanto os dados das concessões quanto o comportamento do saldo das carteiras indicam que a tendência ao longo do segundo semestre é de moderação, refletindo os efeitos contracionistas da política monetária”, complementa o diretor.

Fonte: InfoMoney