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B3 (B3SA3) está ‘gritando’ qualidade e pode disparar cerca de 70% em 2025, vê Itaú BBA

26 de dezembro de 2024 |
09:16
Imagem: Caio Acquesta/iStock

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A B3 (B3SA3) sofreu em mais um ano ruim para o mercado acionário brasileiro. A ação acumula queda de 27% no ano e negocia próximo das mínimas dos cinco anos.

Porém, justamente por isso, analistas do Itaú BBA continuam otimistas com o papel. Segundo o analista Pedro Leduc, com um preço sobre lucro (P/L) de 10 vezes, a companhia negocia com um desconto de 50% em relação a outras bolsas.

“Eventualmente, o “valor” voltará a entrar em jogo, e a B3 estará gritando qualidade e valor com um modelo de negócios simples”, discorre.

Além disso, sua falta de alavancagem, desconto de avaliação recorde e lucros resilientes tornam o carry mais confortável.

O preço-alvo é de R$ 14, potencial de alta de 70% em relação à data da publicação do relatório, em 18 de dezembro.

Mensagens da administração
Na semana passada, a companhia realizou o seu Investor Day e detalhou seus esforços para fortalecer seu negócio principal, diversificar fluxos de receita, capitalizar em áreas-chave de crescimento como renda fixa e crédito, aprofundar seus recursos de dados e análises e manter uma disciplina de custos rigorosa.

E isso já se faz presente na companhia. A composição da receita da B3 em ações, por exemplo, passou de 27% em 2019 para os atuais 19%. Enquanto isso, receita com dados e tecnologia ampliaram sua fatia.

Já a renda fixa também cresceu nos últimos anos, com o saldo devedor de instrumentos de dívida corporativa (debêntures, CRI, CRA) disparando de R$ 532 milhões em 2019 para R$ 1,384 bilhão.

A liquidez do mercado secundário também melhorou, com o ADTV de debêntures subindo de R$ 600 milhões em 2019 para R$ 2,9 bilhões.

“Como parte de seu plano, a B3 também está desenvolvendo novos índices de renda fixa e contratos futuros para capturar a digitalização e expansão contínuas do mercado de crédito brasileiro”.

Em relatório, o Safra também afirmou que a renda fixa é a maior avenida de crescimento para a B3.

“Para nós, ficou claro que a B3 tem maior capacidade de navegar em um cenário de juros altos em comparação ao passado, dada a maior contribuição das receitas dos segmentos de renda fixa, OTC e tecnologia”.

Apesar disso, o banco cortou o preço-alvo de R$ 14 para R$ 12, mas reiterou a recomendação de compra.

“Além da avaliação descontada, vemos a capacidade de distribuição de acionistas da B3 como um fator cada vez mais atraente durante um ciclo de aumento de taxas, à medida que os investidores mudam seu foco em nomes de dividendos como uma alternativa mais segura para capturar o retorno dos acionistas”

 

Fonte: Money Times