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Petróleo cai com temor de excesso de oferta e projeções de superávit a partir de 2026

6 de novembro de 2025 |
17:44
Imagem: Reuters

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 6, em meio à percepção de que a oferta global segue elevada e de que a demanda pode enfraquecer nos próximos meses. O movimento ocorre após novas estimativas indicarem aumento dos estoques nos Estados Unidos e em meio a revisões nas projeções de instituições que veem o mercado entrando em superávit em 2026.

O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,29% (US$ 0,17), a US$ 59 43 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 0,22% (US$ 0 14), a US$ 63,38 o barril.

A Oxford Economics lembra que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve interromper os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026, após um último acréscimo de 137 mil barris por dia em dezembro.

 

 

“O grupo tem se mostrado mais preocupado com o excesso de oferta em linha com nossas expectativas de que o mercado de petróleo caminhe para um superávit nos próximos meses”, disse a consultoria, que projeta o Brent a uma média de US$ 63,60 em 2026.

Enquanto isso, a Capital Economics reforça que a decisão do cartel “provavelmente reflete o excesso iminente de petróleo no mercado”, destacando que as exportações marítimas da Rússia seguem fortes apesar das sanções dos Estados Unidos. A instituição prevê pressão baixista persistente, com o Brent em US$ 60 por barril no fim de 2025 e US$ 50 no fim de 2026.

Segundo o MUFG, o salto de 5,2 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA na última semana, o maior desde julho, aumenta o temor de excesso de oferta e adiciona “nova pressão sobre os preços”. Já o ING vê “riscos claros e evidentes de possíveis interrupções nos fluxos de petróleo da Rússia”, mas observa que a força nas margens de refino decorre mais de preocupações com a oferta do que de uma demanda robusta.

Fonte: Estadão Conteúdo