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Marcopolo cai 10% após receita frustrar expectativas e vendas desacelerarem no Brasil

31 de outubro de 2025 |
17:38
Imagem: Divulgação

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As ações da Marcopolo (POMO4) recuavam forte na sessão desta sexta-feira (31), após a divulgação companhia divulgar receita abaixo do esperado no terceiro trimestre. Os papéis POMO4 tiveram baixa de 10,54%, a R$ 7,89, sendo a maior queda do Ibovespa na sessão.

A XP vê dados operacionais contrastantes, com volumes domésticos abaixo do esperado compensados por volumes mais fortes nos mercados externos, com destaque para exportações. Nesse contexto, a receita líquida de R$ 2,5 bilhões ficou abaixo das expectativas, ficando 7% abaixo da projeção da corretora e do consenso.

Segundo a XP, a rentabilidade foi ofuscada por alguns efeitos, notadamente um impacto negativo pontual e amplamente esperado da equivalência patrimonial da NFI, bem como uma contribuição positiva relacionada ao programa Mover. Excluindo equivalência patrimonial, margem EBITDA (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações/receita líquida) ajustada ficou em 19,3%, beneficiando-se de um mix de produtos de maior valor agregado, que deve permanecer favorável no 4T25.

“Apesar de diversos pontos positivos, acreditamos que os resultados da Marcopolo podem não atender às altas expectativas do mercado”, comenta a XP. “Olhando para frente, apesar de continuarmos esperando um desempenho operacional saudável, acreditamos que a receita de hoje abaixo do esperado aumenta as preocupações dos investidores em relação a uma possível desaceleração do ciclo.”

 

 

O Itaú BBA compartilha da mesma visão e acredita que os investidores podem se concentrar na receita abaixo do esperado e na potencial desaceleração dos volumes domésticos, reforçando suas preocupações com a demanda, o que poderia levar a revisões para baixo das expectativas para 2026. O banco manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13.

O Bradesco BBI classificou o resultado como ligeiramente negativo, uma vez que a receita ficou abaixo das suas estimativas e das estimativas de consenso em 6% a 5%, enquanto a margem EBITDA ajustada com equivalência patrimonial foi forte em 19,6% e o lucro líquido ficou em linha.

Segundo o BBI, o déficit deveu-se principalmente a uma queda de 15% na receita do Brasil, com desempenho particularmente fraco no segmento interurbano. A administração atribuiu a desaceleração nas entregas às altas taxas de juros, já que as operadoras atrasam os investimentos enquanto esperam por taxas mais baixas no próximo ano, “uma dinâmica que esperamos que persista por alguns trimestres”, diz o banco.

O BTG Pactual, por sua vez, a Marcopolo apresentou margem ajustada de 19,6% no 3T25, acima das expectativas, impulsionada por exportações lucrativas, mix doméstico mais favorável, estabilidade no programa Caminho da Escola e contribuição dos ônibus elétricos. O banco manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 12.

Fonte: InfoMoney