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Centrão e oposição votam pró-PEC e ‘dissidentes’ da esquerda consolidam maioria

17 de setembro de 2025 |
08:05
Imagem: Reprodução

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A aprovação da PEC da Blindagem, proposta que dificulta a prisão e a abertura de ações penais contra parlamentares, foi aprovada em primeiro turno nesta terça-feira na Câmara dos Deputados graças a um esforço quase unânime dos partidos do Centrão em aliança com o PL, partido de Jair Bolsonaro. Entretanto, os 353 votos favoráveis só foram alcançados porque nem mesmo o PT conseguiu fazer com que todos os seus parlamentares obedecessem a orientação.

A principal fonte de apoio à PEC veio de um grupo de cinco partidos do chamado Centrão que também tem ministérios no governo Lula: MDB, União, PP, Republicanos e PSD. Desse grupo, o PSD foi o único que teve um comportamento distinto do resto, com uma divisão clara dentro da bancada: 25 deputados da sigla comandada por Gilberto Kassab votaram a favor da proposta, mas 18 votaram contra. Esse número, sozinho, é maior do que a soma de parlamentares que rejeitaram a proposta nos outros quatro partidos: 12.

Outro ponto representativo na votação foi a participação do presidente, Hugo Motta. Os presidentes da Câmara e do Senado, apesar de comandarem a maioria das votações, não costumam votar a favor ou contra propostas, o que é permitido pelo regimento interno das duas Casas. Na votação desta terça, entretanto, Motta votou pela aprovação da PEC em primeiro turno.

 

 

Por outro lado, dos 353 votos favoráveis ao projeto, 56% veio desse grupo de cinco partidos: foram 201 votos a favor da PEC da Blindagem de deputados do Centrão. Esse bloco se juntou de forma majoritária ao PL, em que nenhum deputado votou não. Foram 83 votos favoráveis à proposta de emenda à Constituição.

Para a aprovação de uma proposta que muda a Constituição é necessária, além da aprovação em dois turnos, a aprovação de 3/5 dos deputados (308 votos). Ou seja, não bastava nesse caso uma maioria simples. Nesse sentido, além do apoio maciço dos partidos do Centrão e do PL, a proposta também contou até mesmo com a defecção de alguns parlamentares do PT, que contrariam o posicionamento oficial do governo. Ao todo, 12 deputados do partido votaram de forma favorável à proposta: Airton Faleiro, Alfredinho, Dilvanda Faro, Dr. Francisco, Flávio Nogueira, Florentino Neto, Jilmar Tatto, Kiko Celeguim, Leonardo Monteiro, Merlong Solano, Odair Cunha e Paulo Guedes.

Apenas quatro partidos se posicionaram de forma unânime contra a proposta: três de esquerda, o PSOL, o PCdoB e a Rede, e um de direita, o Novo. Essas quatro siglas, entretanto, representaram apenas 28 votos para tentar barrar o projeto.

Fonte: Agência O Globo