O radar corporativo desta terça-feira (16) tem como destaque a intenção da Cogna (COGN3) de fechar o capital da Vasta, na Nasdaq, além do possível passo para a Copasa (CSMG3) se privatizar.
Além disso, atenção para a PRIO (PRIO3), que recebeu na segunda-feira licença de instalação do órgão ambiental federal Ibama para a interligação dos poços de seu campo de Wahoo, onde planeja iniciar a produção no próximo ano.
Confira mais destaques:
PRIO (PRIO3)
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) emitiu a Licença de Instalação (LI) para o projeto Wahoo da PRIO. Com a LI em mãos, a PRIO agora pode realizar o projeto de tieback entre os poços de Wahoo e o FPSO Frade.
“Acreditamos que isso durará até o final de 2025 e início de 2026. Esperamos o primeiro óleo de Wahoo no final do primeiro trimestre de 2026. Acreditamos que isso seja um catalisador positivo para as ações e mais um passo para desbloquear valor na tese de investimento da PRIO, que continua sendo nossa favorita no setor de petróleo e gás”, avalia a XP Investimentos.
Suzano (SUZB3)
A Suzano (SUZB3) decidiu exercer direito de resgatar a totalidade do saldo do montante principal agregado de títulos de dívida com vencimentos em 2026 e 2027.
A empresa afirmou em comunicado ao mercado enviado na noite de segunda-feira que a subsidiária Suzano Austria irá resgatar os títulos com vencimento em 2026, no valor total em aberto de US$ 284,9 milhões, em 16 de outubro próximo.
Allos (ALOS3)
O Conselho de Administração da Allos (ALOS3) aprovou na última segunda-feira (15) a distribuição de R$ 153 milhões aos acionistas, referentes a juros sobre capital próprio (JCP) e dividendos intercalares, tendo como base o resultado do primeiro semestre de 2025.
Serão pagos R$ 51 milhões em forma de JCP (juros sobre o capital próprio), equivalentes a R$ 0,10 por ação.
Os dividendos intercalares totalizam R$ 102 milhões, também correspondendo a R$ 0,10 por ação, e serão pagos em duas parcelas.
Cogna (COGN3)
A Cogna Educação informou sua intenção de realizar uma oferta para aquisição (Tender Offer) de até a totalidade das ações ordinárias classe A em circulação emitidas pela sua controlada, a Vasta Platform Limited, atualmente listada na Nasdaq.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que a Tender Offer tem como objetivo a descontinuidade da negociação e da listagem de suas ações na Nasdaq, bem como o cancelamento do registro da Vasta como companhia aberta perante a Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos (SEC).
A companhia pretende oferecer preço de aquisição de US$ 5,00 por ação ordinária classe A. Segundo a empresa, o início da Tender Offer é esperado no curto prazo e estará sujeito a condições usuais para este tipo de operação.
Santander Brasil (SANB11)
O Santander Brasil convocou assembleia de acionistas em 16 de outubro para votar ampliação do Conselho de Administração.
A votação é para ampliar o número máximo de membros do Conselho de 12 para 15.
Copasa (CSMG3)
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23, que tem o objetivo de facilitar a privatização da Copasa, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais, recebeu o aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O parecer pela constitucionalidade, legalidade e juridicidade da matéria foi aprovado com quatro votos favoráveis e dois contrários.
De autoria do governador Romeu Zema, a PEC 24/23 originalmente suprimiria a exigência de referendo popular e de quórum qualificado para a aprovação de lei para autorizar a privatização de empresas estatais como Cemig, Copasa e Gasmig.
O relator, deputado Thiago Cota (PDT), apresentou o substitutivo nº 1, para limitar o escopo dessa alteração a empresas prestadoras de serviços de saneamento básico. Neste caso, trata-se da Copasa e de sua subsidiária Copanor, que atende municípios do Norte e do Nordeste de Minas.
Conforme essa redação, a autorização para desestatização ou federalização de empresa prestadora de serviço de saneamento básico, para fins de pagamento da dívida do Estado com a União, dependerá exclusivamente de lei específica de iniciativa do governador, dispensada a exigência de referendo.
Por outro lado, o substitutivo nº 1 preserva a exigência de quórum qualificado para a aprovação dessa lei. Assim, uma eventual desestatização ou federalização da Copasa precisaria dos votos favoráveis de 48 deputados.
(com Reuters, Estadão Conteúdo e Assembleia de Minas)


