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Ibovespa tenta firmar reação, dólar pressionado às mínimas e S&P 500 na máxima

25 de agosto de 2025 |
07:38
Imagem: Reprodução

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O mercado financeiro entra em uma semana decisiva, marcada por movimentos técnicos relevantes nos principais ativos.

No Brasil, o Ibovespa busca consolidar a reação após respeitar suportes importantes e encerrar a última sexta-feira (22) com forte alta de 2,57%, sinalizando retomada do fluxo comprador. O movimento ocorre em meio a um ambiente global de maior apetite por risco, sustentado pelo otimismo em Wall Street e pela expectativa de política monetária menos restritiva nos Estados Unidos.

Já o dólar futuro, em contrapartida, segue pressionado e acumula queda superior a 16% em 2025, renovando mínimas e reforçando a leitura de enfraquecimento frente ao real.

No exterior, a força compradora permanece evidente. A Nasdaq e o S&P 500 continuam sustentados pela liquidez global e pelo desempenho do setor de tecnologia, renovando máximas históricas e projetando novas regiões de resistência.

No campo das criptomoedas, o Bitcoin acumula alta superior a 22% no ano, mas passou a lateralizar após testar máximas recentes, sinalizando um possível ponto de inflexão entre continuidade da tendência de alta e movimentos corretivos.

Esse cenário cria um quadro de atenção redobrada para os investidores, que acompanham a definição dos próximos suportes e resistências como guia para o rumo dos mercados.

 

Análise técnica do Ibovespa

O Ibovespa reagiu após tocar o suporte em 131.550 pontos e registrou alta expressiva de 2,57% na última sexta-feira (22), voltando a se posicionar acima das médias de 9 e 21 períodos.

Esse movimento trouxe fôlego ao índice, que agora precisa confirmar a retomada altista superando a resistência em 138.414 pontos, região que define a continuidade do fluxo comprador. O IFR em 58,42 reforça leitura de neutralidade, sem indicar sobrecompra ou sobrevenda.

Caso confirme o rompimento, os próximos alvos técnicos ficam em 140.381 pontos, depois no topo em 141.563, com projeções seguintes em 142.180/144.000 e alvo mais longo em 144.800 pontos.

No entanto, se perder a faixa de 133.875 pontos, abre espaço para correção até 131.550, com a média de 200 períodos em 130.545 pontos como suporte crítico. Abaixo disso, os alvos estariam em 127.680 e 122.530 pontos, o que recolocaria o índice em tendência baixista.

 

Análise técnica do Dólar

O dólar futuro segue em tendência descendente desde o pico em 6.656,5 pontos no fim de 2024, acumulando queda de 16,29% em 2025. O contrato negocia abaixo das médias móveis e, na última sessão, recuou 0,86%, fechando a 5.437,5 pontos, muito próximo da mínima do ano em 5.404 pontos. Esse patamar se tornou a principal linha de defesa dos compradores no curto prazo.

Se romper 5.404/5.339 pontos, o ativo tende a acelerar as quedas em direção a 5.284/5.250, com projeções mais baixas em 5.181/5.134 pontos.

Já para inverter o movimento, precisaria superar 5.470/5.525 pontos, o que abriria caminho para resistências em 5.572/5.675 e, posteriormente, 5.701,5/5.757 pontos. Enquanto isso não ocorrer, o viés segue predominantemente vendedor.

 

 

Análise técnica da Nasdaq

A Nasdaq vem de forte recuperação após tocar a mínima de 16.542 pontos no início do ano. Desde então, acumula ganho de 11,83% em 2025 e 1,21% em agosto, negociando a 23.498 pontos. Apesar da leve correção da última semana, o índice segue acima das médias móveis, sustentando a leitura de tendência altista.

O rompimento de 23.589 pontos poderia levar o índice novamente ao topo histórico em 23.969 pontos, com projeções seguintes em 24.000/24.290 e alvo mais longo em 24.730/24.975 pontos.

Para inverter o quadro, seria necessário perder a faixa de 22.972/22.675 pontos, o que poderia acelerar uma correção até 22.222/22.041 e, em movimento mais forte, para 21.472/20.777 pontos.

 

Análise técnica do S&P 500

O S&P 500 também reforça o viés comprador em 2025. Após a mínima em 4.835 pontos, o índice renovou seu topo histórico em 6.481 pontos e acumula alta de 9,95% no ano e 2,01% em agosto, cotado a 6.466 pontos. O posicionamento acima das médias móveis sinaliza espaço para continuidade da tendência de alta.

A superação do topo em 6.481 pontos liberaria alvos projetados em 6.560/6.600 e depois em 6.700 pontos.

No entanto, se houver perda da região de 6.427/6.363 pontos, o índice pode corrigir até 6.296/6.201, com risco de buscar níveis mais baixos em 6.147/6.059 pontos. A leitura segue positiva, mas exige atenção ao suporte imediato para evitar reversão de curto prazo.

 

Análise do Bitcoin

O Bitcoin mantém trajetória de valorização desde a mínima do ano em US$ 74.508, mas vem operando de forma lateral desde que renovou a máxima em US$ 124.474. No acumulado de 2025, sobe mais de 22%, mas em agosto recua 1,23%, refletindo o movimento corretivo de curto prazo.

Para retomar o fluxo comprador, precisa romper US$ 117.430/119.955, o que liberaria espaço para os alvos em US$ 124.474 e depois US$ 126.500/127.700, com extensão até US$ 129.570.

Por outro lado, se perder o suporte em US$ 111.980/107.430, abre caminho para US$ 105.100/100.000, com alvos mais longos em US$ 97.895 e até US$ 92.800. O viés segue de alta, mas o risco de correção permanece no radar.

 

IFR (14) – Ibovespa

O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção.

Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

Fonte: Nelogica. Elaboração: Rodrigo Paz

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Fonte: InfoMoney